Metamorfoses!

Não consigo escutar o silêncio.
Um barulho ensurdecedor invade-me o espírito.
Uma onda de imagens apodera-se da minha mente.
Algo inexplicável está a acontecer ou já aconteceu...
O mundo não pára de girar!
As pessoas não mudam o destino.
As imagens transformam-se.
O silêncio não inverte o sentido da vida!
Lá fora...
continuam as metamorfoses!
Tudo muda, nada fica estagnado na imperfeição…
Altera-se o paladar,
o olfacto,
a visão,
a audição
e até mesmo o tacto.
Antes tocava e conhecia,
agora toco e estranho!
As palavras persistem em sair da boca.
Estas criaturas habitantes da Terra continuarão a utilizar as palavras…
para dizer o que sentem ou o que não sentem.
As palavras não são meras palavras.
Servem-se delas porque querem e quando querem.
Utilizem-nas quando as sentem
e não porque dá jeito ao ouvinte.
Aqui sim, deveria haver uma enorme metamorfose!
Sinceramente, não sei se quero saber o que muda...
ou o que vai mudar.
Não se consegue deter as metamorfoses.
Estou pronta para tudo…
Para me “metamorfisar” também!

Sentidos

Por detrás da mascára...
guardo os meus sentidos!
Espero que alguém os revele.
Espero pelo anoitecer,
espero pelo mistério da noite.
És tu que queres revelar os meus sentidos,
és tu que eu quero!

A máscara solta-se...
O meu olhar abrange os teus olhos.
O meu olfacto sente o teu perfume.
O meu paladar experimenta o sabor da tua boca.
O meu tacto apodera-se do teu corpo.
A minha audição...
não resiste às palavras doces que dizes e...
deixo-me levar pelo caminho dos sentidos...
contigo!